Viajo no grito sufocado que vejo num quadro abstrato feito por um "qualquer"...
O mesmo que suja de tinta suas mãos ao invés de lambuzá-las com a ignorância de “homens bons”.
É um muro ilimitado que um garoto revoltado teme fazer o que quer, porque enquanto sua arte protesta a falsidade dos mais altos, os mais altos com um sorriso querem reprimir...
E uma música realista com o objetivo de despertar, é a ameaça para aqueles que insistem em fugir, enganar.
Até quando tanta ironia vamos ter que suportar?
Até quando nossos meninos vão comer o que sobrar?
Freqüentemente me deparo com violência num gingado, um soco no ar, é arma que não me machuca mais do que uma gota de egoísmo, onde na transparência dessa água vejo acúmulos de individuais sorrisos...
Tantos “NÃO” foram ditos para a violência ao nosso próximo, mas ainda há crianças reprimidas sofrendo violência no seu próprio lar... Quem tem o controle disso? Se for analisar é essa própria criança que se vinga sem saber, e sem pensar aprende a matar...
Mata sonhos, mata amor, mata seu lado criança e tudo que deveria pôr valor.
Preciso de um gole de compreensão... mas não me permito compreender tantas injustiças num mundo que muitos têm demais, e outros vivem com sobras de atenção.
Crew...Que "minspira"...
Sentimentos são expressados a todo momento... seja com um gesto, seja escrevendo, cantando, desenhando...ou DANÇANDO... A raiva se torna uma arte dentro de um movimento... A alegria fica mais nítida em um gingado... a beleza se transparece na diversidade de um grupo... Onde há liberdade de expressão...
AfroBreak... Aqui me sinto a vontade, me sinto bem.
Contos...
Contos de fadas não me faz de cinderela, não existe o encantado que vai procurar ela. Nada ocorre preparado, esperado... Meu príncipe errado não me vê quando uni os ponteiros do relógio, será ser tudo por acaso? Beijos doces e delicados? Ao contrário amassos exagerados... E até acontece pra mocinha acordar do sonho que não se repete, a toda hora uma cena nova, um fato novo acontece. E ao pensar que não ele vira sapo e desaparece.
Escrita ilimitada...
Gostaria de docimente enche-los de socos! Imbecis, tolos! Porém a liberdade das mãos não ultrapassa certos limites, então daqui não posso passar... Encaro você muro de bloco vermelho, cor de terra, que diz o que não escrever. Você não brinca com a minha liberdade e nem desafia meu sonho, apenas me provoca pra escrever, reescrever, descrever mais e mais...
(Jessica Pereira - Jhei Bgirl)